domingo, janeiro 09, 2005

Môçá! Quanté que tá o salgado?


Estava eu em mais uma matança de dependência, no centro da cidade à procura de cds raros, quando me direciono até uma dessas barraquinhas que tem de tudo menos o que você quer... Para pedir uma água mineral, ao saciar minha sede com a água, chega em minha direção uma figura inesquecível, ela devir ter na faixa de uns 42 anos, mas aparentava praticamente o dobro, com sacolas feitas de um tecido regional que eu não sei ao certo o nome, o cabelo descolorido e totalmente despenteado preso com um bico de pato, imediatamente me perguntei: alguém no mundo ainda usa bico de pato para amarrar os cabelos? Então, o ser, faz a seguinte pergunta: "Môçá! Quanté que tá o salgado?". Quase dei um show de aplausos com a brilhante colocação do português. A "môça" devia ter na faixa de uns 32 anos, segundo a época da minha mãe ou até mesmo da minha avó, o termo moça era usado para das jovens virgens, isso prova que pelo menos hoje em dia, em Manaus, são praticamente extintos os casos de virgens então eu me pergunto. Que garantia o pequenino ser tinha de que aquela pobre atendente era eventualmente virgem, ou moça como de fato? Muito estranho... Além disso, imediatamente uma pergunta veio a minha cabeça e até hoje ela me perturba. Por que meu Deus, que as pessoas tem mania de chamar as pessoas desconhecidas de moço, moça, senhora, seu... Meu? Isso confunde a minha cabeça, isso desvaloriza imensamente o trabalho em que os operadores de gráficas tiveram ao fazer crachás e mesmo assim ainda não chamadas dessa forma. O pior de tudo isso, é que as vitimas, ainda atendem por essa denominação. Não tem necessidade disso, pensando melhor, essa seria a única forma de uma mulher desse tipo voltar a ser púbere, é uma pena... mas tá valendo... sei que quando se tem pressa, o mínimo dialogo deve ser usado mas porque falar tão errado? Não tem necessidade de tudo, isso me entristece me mostra que não adianta Ter conhecimento o problema tá no ambiente vivido. E que apenas um culhonésimo dessas pessoas conseguem evoluir...

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