Sempre eu esqueço que tenho que atualizar isso aqui. Não faço o tipo que esqueceu o blog depois do twitter. Mas é que geralmente usava o computador durante a madrugada. Depois que meu laptop deu game over, fiquei off line durante a noite. Enfim, o motivo do meu post foi praticamente prometido pela minha leitora fiel Rosa ‘Pikenices’ Moraes, o fiasco que foi o Eco Festival, evento que prometia mais de 20 bandas, entre locais e nacionais.
Autoramas era a minha preferida, ia matar a saudade no show também anunciado para sexta-feira ao lado de uma das minhas bandas locais preferidas, chamada Underflow. Os shows cancelados, perdi o motivo para ir, mesmo assim fiquei curiosa para saber quais seriam as remanescentes. Não quero falar dos shows em si, apesar de ter achado ducaralho o fato do Rodrigo dos Santos ter subido no palco mesmo sem banda e sem dindin no bolso.
Meu questionamento é quanto a uma produtora como essa, usando as palavras do meu amigo Anderson Mendes em relação ao cinema amazonense, aqui tem mais critico de cinema do que cineasta.
Daqui a pouco, terão mais produtoras do que bandas. Não que isso vá diminuir o grandioso ‘cenário’ local, mas será que essa é a hora de montar eventos assim? Minha outra dúvida é quanto o investimento da coisa como ela é. Afinal de contas, para qualquer empreendimento, não dá para querer nascer grande assim do nada. Principalmente quando já se furou com um evento há menos de dois anos, e ou, já pegou um pino de um outro evento.
Se eu quero que minha banda preferida toque na festa do meu aniversário, e meu pai tem dinheiro para bancar. Ótimo! Mas não rola fazer disso uma profissão.
Diferente de muita gente cricri que tem por ae, eu não tenho nada a ganhar com um evento furado como esse. Muito pelo contrário, eu como jornalista e produtora cultural, só tenho a perder. Afinal de contas, não é produtor A ou produtora B que vai ter o filme queimado. É na maioria das vezes, generalizado como a cidade de Manaus.
O João Gordo por muitas vezes contou que o Ratos não vinham pra Manaus há tempos, justamente por esse tipo de gente que promete as coisas e quando chega em cima da hora, fura.
E por aqui, a gente tem bastante exemplo de produtores 171, que já queimaram o filme da cidade quando se trata de eventos de fora. Triste. Quando for minha vez, posso pagar o pato
É realmente muito triste que isso aconteça por aqui. Eventos e situações como essa, vai deixar não só as bandas de fora, quanto o publico daqui descrédulo para proximos bons eventos.
Aí esclarece algumas coisas: É por isso que o povo ainda frequenta casas de shows, que oferecem bandas covers que tocam as mesmas musicas todos os dias da semana por muitos anos.
Outra. É por isso que neguinho quando reabre um bar, se diz outro nome mas nao faz nenhuma mudança significante e ainda cresce o olho quando tem um "revival"da vida, e se mostra pouco se fodendo para os frequentadores da casa, vendendo cerveja escrota, com valor triplicado e quente. Nao cuida de banheiro, iluminação e estrutura geral da casa.
Enfim, se você neste exato momento está pensando, "sim, e aí? ta falando mal mas o que tá fazendo para isso mudar?". Eu lhe respondo meu nobre leitor, mesmo sabendo que sou livre do direito de criticar qualquer tipo de manifestação. Tenho minhas contra-partidas, uma delas é o projeto Rock pra Valer que é produzido pela Paranoise Produções, na qual eu faço parte, em parceria com a Livraria Valer. Os eventos propoe as bandas locais que tem um material autoral, readaptarem suas músicas para versão acústica.
O primeiro evento desde ano, será no próximo dia 20, a partir das 18h30 com as bandas Several e Anonimos Alhures. E o ingresso no valor de R$2.
Um outro projeto que está encaminhado, é o da Revista Intera, esse eu falarei mais a frente, e também, como você leitor, pode contribuir com ela.
Por enquanto é só pessoal, peço que pensemos sobre a qualidade dos eventos que são produzidos na cidade.
3 comentários:
"Enfim, se você neste exato momento está pensando, "sim, e aí? ta falando mal mas o que tá fazendo para isso mudar?"."
Eu quero é que se foda, falo mal e pronto, ganho meu dinheiro e pago pelo evento, estou pagando pelo oq foi anunciado, negócio de "oq faz pra mudar" é coisa de cachaceiro que fica na frente do evento e não paga por nada.
Isso aí, amiga.
Pelo menos sempre existirá o Paço do Crustáceo.
è disso que o ROck em Manaus está precisando, pessoas como você!
Sem medo de expor o que pensa e metendo o pau nesse produtores babacas que só pensa em ganhar dinheiro as custas de banda local tambem.
Olha produtorzinho de merda! Um dia você ainda vai cair, um dia você vai procurar uma banda pra tocar em seu estabelecimento e não vai achar.
HÁ MAIS TEM O METAL NÉ, QUE COMO VOCÊ DIZ, SEMPRE ESTÃO DISPOSTOS A TOCAR POR UMA GARRAFA DE CACHAÇA.
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