O Ring Boxe era incansável, ideológico e prestativo. Mais do que um sonhador ele era um realizador. Não teve uma conversa que tive com ele que não tenha me deixado de coração partido.
Ele era um catalizador de talentos. Disciplinava até os mais endiabrados dos meninos malinos.
O antigo shopping São José era um dos patrocinadores dos campeonatos que ele realizava entre os alunos. "Quem ganha recebe R$10 e quem perde, R$5". Era um jeito de mesmo sem muito recurso gratificar a molecada que treinava duro. Também tinha medalha, era emocionante.
Quando era repórter do jornal Manaus Hoje, escrevia para uma coluna chamada "Coração de Estudante", que contava a história de aluno que divide sua rotina com algum esporte. E sempre que tinha oportunidade ele lançava algum "dos seus" para ganhar destaque no jornal.
A vaidade dele era ajudar mais pessoas possíveis. Até foi candidato na política mas não teve sucesso. Ele fez questão de divulgar também quando a turma do Ballet ia se apresentar e passar todos os contatos das professoras direitinho.
Meu último contato com ele foi quando estava escrevendo pro caderno de Saúde do jornal Em Tempo e encontrei-o na recepção enquanto ele recebia um chá de cadeira da equipe de esportes. Eu tive que explicar que estava em outro caderno mas anotei as infos que ele tinha.
É esse tipo de homem coragem que deve ganhar homenagem no Zezão da Zona Leste.
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Foto: Antônio Lima / Jornal A Crítica |
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