Pontuo meu
crescimento com base em algumas conquistas que tive ao longo de minha vida, uma
delas aconteceu aos 11 anos, quando passei para 5ª série tive o aval para
voltar para a escola de ônibus. O que por si já era uma aventura, andar da rua
Duque de Caxias pela Avenida Sete de Setembro até a Getúlio Vargas. Na época, a
carteira de estudante era branca e o passe-estudantil era de papel, colorido,
destacável e custava R$0,75.
Quando eu tava com um pouco de pressa, pegava
o alternativo que não aceitava passe e a meia passagem era R$1, os ônibus eram
todos velhos, rabiscados e fedendo a suor mas eu gostava de ir assim mesmo. Foi
nessa época mesmo que participei [fazendo volume] de uma manifestação de
estudantes na praça do congresso sobre o possível aumento da meia passagem. Ia
ser a partir de então, R$1,05. Daí as coisas já não eram muito fáceis.
O tempo foi
passando e a reclamação sobre a precariedade dos ônibus, demora das rotas,
falta de sincronia dos horários, manifestações, protestos, ônibus queimados
[não, isso é coisa de paulista, amazonense tem preguiça de se envolver]. Isso
sem contar com o preço, cada DIA mais alto. Um exemplo disso são os ônibus alternativos
que custa R$4,20 e são de péssima qualidade.
No último sábado,
foi o primeiro dia que R$3 passou a ser a tarifa do busão em Manaus. Eu peguei ônibus
logo cedo e era latente a insatisfação das pessoas. Começando pela cobradora,
que forçou um “bom dia” grave pra vê se aquele gelo era quebrado. Mas ainda
assim, a tristeza estampava o rosto das pessoas.
Esse era o choque
de ordem que o prefeito anunciou nos primeiros 90 dias do ano. Onde a população
pode enxergar que essa foi uma boa escolha? Difícil responder essa. Seria bem
mais simples pagar R$1,50, mas nem sou mais estudante. Pego pelo menos quatro ônibus
por dia, me beneficio da integração temporal mas mesmo assim eu preciso afirmar
que TRÊS REAIS TÁ FODA!
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