quinta-feira, maio 09, 2019
Sobre uma mãe
Se esperar tem alguma vantagem essa é de poder conhecer pessoas. Passou mais de cinco minutos na parada de ônibus já está trocando ideia com alguém do lado. Lógico que eu não sou diferente, mas parece que especialmente tenho uma certa habilidade em fazer com que desconhecidos abram parte das suas histórias e compartilham suas vidas com muita realidade.
Outro dia foi a Rosângela, encontrei com ela em pleno 12h na bola do Eldorado. A primeira pergunta dela foi sobre o itinerário de um ônibus mas em seguida ela desabafou:
-"Tô vindo aqui da delegacia da mulher. Tô tentando tirar um monstro de casa".
Sem saber muito o que dizer, soltei um "vai conseguir!".
Maus tratos, abusos, apertões, beliscões, dano moral, tipo quebrou os materiais e encomendas de artesanato dela. Revoltante!
Mais ainda. A vítima tem muita culpa.
Mesmo concluindo que há dois anos eles dormem em quartos separados e reconhecendo que ele só estava lá até aquela hora por causa da filha deles. Ela admite o arrependimento quando diz que que ELA permitiu ele continuasse.
-"A gente se ilude com as palavras e só se decepciona com as atitudes".
Que lição! Vejo que prescreveu o discurso "até que a morte nos separe" né? Proponho a adaptação para "até que o amor acabe". E tchau!
Essa mãe precisa de mais olhares.
Real apoio e uma atenção especial do estado. Antes que seja tarde.
* Se você que ajudar essa mulher entre em contato comigo via inbox que eu te dou o caminho.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário