Esconder
daqui e valorizar dali, toda gordinha tem o seu jeito próprio de esconder os
quilinhos a mais para se sentir mais segura. O Brasil mesmo sendo dono de
inúmeros modelos de mulheres cheias de curvas, a ditadura da magreza ainda é
voraz no mercado fashion. A boa notícia é que o histórico está mudando e a
cada dia que passa o mercado intitulado Plus Size tem conquistado o apreço de
lojas, blogs, coleções e lançamentos.
No melhor
estilo faça você mesmo, resolvi desejar e mandar fazer meus próprios vestidos.
Logico que minha mãe conseguiu garimpar uma costureira de mão cheia que acabou
aderindo a ideia, até hoje recebo elogios de alguns que ainda uso.
Mesmo sem ta muito
interligada com as tendências, não gosto de ficar fora de moda, é aí que
aproveito as tendências, cores e modelos que estão nas vitrines com um
prestígio de exclusividade.
Confesso que fico
triste, entrar numa loja e acabar saindo com o que “coube” e não o vestido
preferido. Mas é um preço que se paga por ser quem é ou do tamanho que é. Caetano
Veloso diz que “todo mundo sabe a dor e a delícia de ser quem é”, acho que a mulher
precisa entender que mesmo gordinha ela pode ser sexy e ao mesmo tempo estar
bem vestida.
Na França as
mulheres são magras por natureza, mas não abrem mão de uma alimentação
calórica, já nos Estados Unidos onde a população está cada vez mais gorda
existem fábricas de roupas de tamanho até 64. No Brasil, ninguém se liga muito
na ABNT dos tamanhos, chego na C&A e tem blusas tamanho “GG” que deviriam
ficar na seção infantil. O mercado brasileiro ainda é lento a essas evoluções, mas logo vai
se tocar a ajustar seus formatos e esquecer um pouco da ideia de que a mulher
precisa usar pouca roupa.
Outra ajuda
na busca do fomento também se dá ao posicionamento de atrizes e cantoras que
levantam a bandeira. Afinal de contas, quem se importa com o vestido de capa de
bujão de gás da Adele porque na hora que a gordinha começa a
cantar, meu amigo, tem pra barrar não. A Preta Gil veio pra Manaus outro dia
com um vestido que até hoje eu sonho com ele... Um dia eu chego lá...
Um comentário:
Acho perfeita a idéia da costureira. Também sofro pra caramba pra achar coisas do jeito que eu quero, parte porque tenho um gosto muito peculiar para roupas, parte porque sou "praticamente uma anã".
Quanto a ser gordinha ou magrinha, sabes que já pesei 32 e 64, e, de boa, não me lembro de ter me sentido melhor ou pior com um tamanho ou outro: de qualquer jeito tinha dias em que eu me sentia uma diva, em outros não queria que o mundome enxergasse. É verdade que a sociedade ainda é meio hipócrita com a beleza das gordinhas, como você observou, mas a comunicação em massa também vai cada vez mais revelando novos horizontes.
Postar um comentário